domingo, 14 de março de 2010

Quaresma Tempo de Perdão


Junto à estação de uma grande cidade, todos os dias se reuniam muitas pessoas marginais, isto é, mais ou menos rejeitadas pela sociedade: drogados, ladrões, miseráveis. Eles reuniam-se ali para se animarem uns aos outros.

Chamava a atenção de quem passava por ali um jovem, todo sujo e de cabeleira comprida, que se movimentava no meio dos outros com ar de quem tem ainda alguma esperança.

Quando as coisas pareciam correr muito mal, esse jovem tirava do bolso um bilhetinho todo amachucado e lia-o. Depois dobrava-o e voltava a metê-lo no bolso.
Ás vezes, até o beijava. E assim, nesse mar de lamentos, sentia-se confortado.

O que estaria escrito nesse misterioso bilhetinho? Apenas seis pequenas palavras: "A porta pequena está sempre aberta"

Apenas isto. Era um bilhete que o pai lhe tinha enviado. Significava que seria perdoado a partir do momento em que voltasse para casa.
E uma noite fê-lo.
Encontrou a porta do jardim aberta. Subiu as escadas e deitou-se na cama.
Na manhã seguinte, quando acordou, junto ao leito estava o seu pai.
Abraçaram-se em silêncio.


Este conto faz-nos recordar a conhecida parábola do filho pródigo.
Este vive longe da casa do pai, o qual está ansioso por lhe dar o abraço da reconciliação e fazer uma grande festa.
A Quaresma é o tempo em que nós assumimos a nossa condição de pecadores e pedimos perdão a Deus.
Temos a garantia de que Ele tem a porta aberta e a mesa posta, esperando pelos que andam longe.


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